O multissecular rito de eleição do líder copta é bastante complexo, podendo se estender por vários meses. Durante a primeira semana que segue à morte do Papa, o Santo Sínodo dos bispos tem a missão de eleger um regente, um patriarca interino, geralmente um dos bispos mais velhos, que deve guiar a Igreja até a escolha do sucessor. Sua primeira tarefa é constituir, no prazo de um mês, uma comissão de quatorze membros do Sínodo que acolherá as propostas recebidas e elaborará uma pequena lista de cerca de cinco candidatos. O futuro Papa deve possuir no mínimo 40 anos, jamais ter contraído matrimônio e ter pelo menos 15 anos de vida monástica. Com a lista definida, os bispos membros da comissão devem publicá-la nos três maiores jornais egípcios de língua árabe, a fim de que os todos os fiéis possam conhecer o perfil de cada candidato. Por isso, a Igreja Copta concede um período de três meses até a convocação da Grande Assembleia, composta por 74 bispos da Igreja e 12 representantes de cada diocese, eleitos entre os anciãos e os que gozam de prestígio. Os três mais votados por esta assembleia de mais de mil membros participarão da “sacra eleição por sorteio”, rito público ao qual todo fiel copta é convidado a participar. Para demonstrar que a decisão final depende unicamente da vontade de Deus, diante da comunidade reunida, uma criança com os olhos vendados deverá retirar de uma urna de prata um dos três papéis, cada qual contendo o nome de um dos três candidatos finalistas. Este gesto deverá ser repetido por três vezes. Havendo empate, repete-se todo o processo.
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FONTE: diretodasacristia.com
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